E tinha casas e carros nas garagens
Tudo assim no plural abastado e polido.
Sr. Preçário tinha toda a fama na sua cama
E uma ilha, uma filha, uma cedilha
Mas num dia o mundo muda-se
Águas torrenciais de mãos sujas, jorram das altas torres
Molhando os pés de barro dos impérios impuros
Afundando as fundações infundadas
Submergindo os BM's, Audis, Ferraris, Mercedes.
Depois disso, teve que vender a ilha
Depois disso, teve que vender a filha
E num dia trágico, talvez o mais triste da sua vida,
Tece que empenhar a cedilha!
É para comprar recibos verdes...
Diz, cheio de vergonha.
Então o Sr. Preçário passou a ser o sr. Precário
Debatendo-se como o povo à tona das suas misérias.
André Fradique
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